quinta-feira, 17 de junho de 2010

Matizes

Os cabelos negros, a mata verde,
o balanço do barquinho no rio revolto,
a vida de repente ganha gosto
e o sabor de ser livre que era tão inédito,
é agora sentido com clareza no regozijo.

As pedras brancas,
a vida inteira,
poderia contemplar-te à toda prova?
o tempo não me deixa lembrar
aquilo que a própria paisagem
não me deixa esquecer.

Pra que?

Estar aqui, obviamente,
me traz a espiral de sentimento,
que nem no melhor momento
um dia pensei sonhar.

Cada vez mais penso em te dizer,
que a beleza do lugar
nada tinha a oferecer,
pois tua própria beleza,
superou a natureza
e ofuscou o luar.

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