quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Acidente

Ah, que lugar estranho
é esse onde me encontro,
que lugar escuro,
sem vida
parece até um pesadelo
sem fim.
Eu bem queria agir diferente,
não ter feito tantas bobagens,
não estaria aqui agora
neste estranho lugar.
Vejo uma luz agora,
também estranha e longa,
começa aqui e termina ali
adiante,
crescente,
porém minguante.
O sol nasce e eu já posso presenciar movimentos,
bruscos e suaves,
a cama deste hospital parece agora
uma bela savana africana
e todo o sofrimento
uma triste e longa lembrança.
Tantas vezes,
dentro da confusão da vida
me perdi e me achei.
Tantas vezes,
dentro da confusão do dia
me virei e retornei
a tudo que era ruim,
a tudo que era simples,
a tudo que era risada
e todos os espíritos comigo
conversavam sobre jogar conversa fora
e brincavam de mentir sinceramente.
Tantas vezes na vida,
tive que acordar de sonhos como esse
onde não existe a cobrança de não ser mais criança.
Nunca deixe de sonhar,
ou nada vai valer a pena.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Labirinto do cansaço

Junto da alma eu sinto
pobre e velho descaso,
sempre que peço um abraço
meu corpo me diz que minto.

Nunca diga te amo
se desejas calar minha boca,
sentimento pleno eu clamo,
sempre que digo que és louca.

Vou chegando ao meu limite,
penso em tudo,penso em nada,
apenas olho no espelho
minha imagem acabada.

Um poema não tem fim,
só a vida do que escreve,
vou deixando a vida assim,
já sabia ser tão breve.

O caminho é bem claro,
vou andando ao relento,
acordado eu vou andando,
porém de olho fechado

Não vejo tanta saída,
saída mesmo não há,
não vejo,minha querida,
mesmo hora pra acabar...