domingo, 28 de fevereiro de 2010

Tristeza

Com todo carinho do mundo , pra minha única japonesinha morena , Ana Cláudia Kanasiro.

Os tristes versos pulam
como se toda a dor tomasse as palavras.

De tudo um pouco,vou atento,
esperando o motivo do pranto
do qual não posso libertar.

Já tentei sorrir,
já tentei amar,
já tentei mascarar,
ah , como sou infeliz!

Tentativas vãs,
loucura vã,
poema em vão.

Coração parado,
triste.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Podridão.

nada dura por qualquer coisa
o tempo é medido pelas rosas que são derrubadas
e pelos frascos quebrados da dissociação da alma.
novamente tem-se o caos , instaurado na explosão errada
do que quase foi um amor nascendo,
tremendo de raiva escreve e reescreve,
xingando o mundo,
o dia é ruim,
a viagem não tem fim e nada vale a pena
que não um triste barco indo ao horizonte,
a morte chegando,
o tremido das mãos e das pernas,
o fato de ser humano

o fato de ser amado,
o fato de ser querido,
e o fato de ser apunhalado pelas costas,
é enfim a melhor solução.
se não querem que viva este mundo, saia,
ninguem é capaz de cantar uma musica sem fala
e ninguém é capaz de musicar uma fala sem o canto.

o obscuro mostra-se agora como uma brilhante vida
errante, em essência
e desconfiada de tudo um pouco.

amar não dói,
confiar até que cegamente é a coisa mais fácil do mundo.
e nenhum destes leva onde todo ser humano quer ir...
a redenção não existe,
o buraco dormente da consciencia é aqui
e aqui também é a morte de ser traído
e a decepção de nunca ter sido amado.

eu quero definitivamente morrer de desgosto,
porque viver com ele está ficando cada vez mais insuportável

alguém me ajude(com a graça de Deus) e
me mande pra longe desse inferno.

Há esperança na vida,
todos são puros e amáveis,
nada é desleal,
a amizade existe,
este poema tem métrica
e desde criança me acusam de mentiroso.

que venha, eu estou me preparando pra isso.
[não pode ser pior do que morder a língua].

Devaneio.

Ao meu melhor amigo desde sempre, Pedro Vargas.

Estava eu sentado em uma pedra branca
a vida passava devagar, que eu nem sabia
o que imaginar,pra onde olhar,o que viver.

A pedra era numa praia viva,
verde mar,
praia branca como o véu,
feita com o pincel de Deus,
até os ateus nessa hora se rendiam a grandiosidade
de algo maior,com valor.

A praia era num lugar deserto,
mais deserto que o nada,
que sei eu?
tudo aqui onde a vista alcança é o breu do avesso
a cavidade do vazio
a confusão do intocável.

Esse lugar era um mistério pra mim,
guardava a felicidade e a solidão,
tudo era cinza,menos a pedra,a praia,a vista,
ah ! que vista...

De repente vi um clarão,
não estava mais lá,
estava agora aqui mesmo,
na mesma rua de sempre,
no Centro da cidade,
onde trabalho,
e fujo.
Fujo...
Fujo para esse lugar só meu,
dos problemas e soluções daqui,
pras soluções e amores de lá.
Vinde a mim os desabituados,
descontentes,
descontrolados,
frustrados.

Venham e mergulhem aqui mesmo,
bem perto,
fechemos os olhos, todos apontando
na mesma direção,
e então?
Você está livre?
já posso ver a pedra branca,
e você, consegue com clareza desviar-se de tudo?
é difícil.

Comece abrindo um sorriso.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O que é o funk?

Tum-tá-tum-tum-tá-tum-tum-tá-tum-tum-tá-tum-tátátá-pararapapá-tu-ti-tá-ti-tum!pa-pa-pa-pa-pa-pa-traaaaaack-bum-tarará-que-trak-bum-ta-tá-tá-tá-bum!

E iria se chamar batidão!
e iria levantar uma nação,
e iria ser patrimônio cultural,
e iria levar o estigma do não
e seus mestres estariam de arma na mão,
e assustariam a multidão,
e o terror se espalharia então,
e no baile há corpos no chão,
e ainda à despeito do não
o sorriso reinaria em paz.

Para o amigo querido , Kainã Gonçalves Diniz.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Reconciliação

Eu parei em frente a ti
o movimento dos cabelos hipnóticos,
as transas das quais me lembro,
a vida que não mais tenho.

É um convite ao improvável.

Bloqueio

Dança do balé de cores
extasiado vejo tudo atento
a alegria que proporciona
no meu coração ingênuo.

Dança de aguas de vida eterna,
revigorante cascata de pranto.

A tristeza é interna,
é o vigor da paz que clama
por um lugar melhor
do que lá dentro da memória
quando eu nem tinha nascido,
para ver morrer quem me geraria.

eu mesmo sou memória
e a paz aqui mesmo é sonho.

Desafio

Ao querido amigo , Gabriel Cardoso.

Quis fazer um poema pequeno
que expressasse nele,toda minha dor,
mas não deu certo,
não tinha cor.

inspiração pra palavras grandes,
doenças interessantes,
brincadeiras suicidas
e arma apontada pra boca.

Quem disse que tem que ser,
ou que tem que dizer?

Prefiro mostrar.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Fluorescente.

click.
-apaguei a luz
-e agora?
-não dá pra ver nada.
-e agora?
-pega a vela,ilumina ali,tem alguma coisa se mexendo lá!
-que vela, aonde?
-ali.
-ali aonde?
-que isso?
-sei lá,tá vindo!
-hein?
-tá vindo,cuidado!
-o que tá vindo, onde?
-deixa,não tem mais jeito.
-BUM!

pernas e cabeças no escuro....

sábado, 6 de fevereiro de 2010

' eu tenho a clave de Fá cravada no peito,meus dedos são minhas cordas e minhas cordas são meu baixo inteiro.Tento fazer com que meu instrumento possa servir de poesia àqueles que de mim quiserem ouvir um romance,uma alegria,uma dor de morte.Nada é por acaso,se eu estou aqui hoje,tocando pra voces,se nós estamos felizes,é porque algum espírito de luz nos guia e nos deixa ver o que aqueles que não tem o dom não conseguem enxergar .'

Jasmine You.