água de gente
e me afoguei,
percebi que dentro dela,
não era água que tinha,
mas tinha a mim e a vocês,
tentava respirar, não conseguia,
me puxavam pra baixo,
tentava escalar as cabeças e braços,
e só ouvia vozes exaltadas,
exacerbadas de desespero.
a piscina era a consciência,
e nela hoje me vejo trancafiado,
refém por inteiro.
há quem se identifique,
haverá ainda mais dor na escuridão,
até que o sol se ponha
e nenhum coitado se exponha.
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