sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Poesia da saudade imensa

Nathália Quinteiro de Sousa, é pra você e muitos outros que passaram por mim, e ainda passam, ao menos aqui dentro. obrigado.

sinto saudade de um verso
que enfim me faça pensar,
sinto saudade de um vento que
me leve ao lugar querido,
sinto saudade de uma vida inteira que podia ter sido,
se não tivesse acontecido nada.

sinto saudade de um verão lá fora,
sem ter aonde ir pra,
numa inversão divina
na qual eu pudesse estar.

sinto saudade de um ombro, um sorriso,
de vez em quando que saudade dá,
de uma vez que éramos amigos
e depois enfim, eu vim pra cá..

e você pra lá, e todos nós pra todos os lados,
estados, beijos maldados, mal dados,
quando a garganta dá um nó estrangulado
no terror de ser adulto.

sinto saudade de um verso
que me diga o que fazer,
passo a vida procurando, imerso
em solidão um porquê
e sem ter solução
posso apenas lamentar
que de amor não morro,
ai, que saudade que dá!

para todos que passaram por aqui,
minha vida não seria tão grande,
se igualmente parti,
ganhar novos horizontes,
se não estivessem perto,
aqui bem perto de mim,
eu não seria completo,
seria um verso sem fim.

e não entenderia o fim,
e não gostaria de estar,
onde esse coração manda
mas tem medo de acabar
sozinho,
um copo de vinho,
um terno de linho,
uma vida inteira.

o fim desse poema,
é minha saudade à beira
de um ataque de nervos,
em termos menos ermos,
eu posso afirmar.

não poderia enfim,
estar onde quero estar.

e se um dia me quiseres
sentaremos à entender.
e se um dia encontrares
me diga então o porque.

me diga para que possa dormir em paz.

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