segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A farda de horror e o fardo da guerra

Luiz Sérgio Espósito B. da Silva

essa farda é um fardo
de filhos furtados,
de casas quebradas
e moças casadas,
e forças fincadas
no medo e horror.

essa farda é um fardo,
meus filhos roubados,
felizes, vendados
de longe e de perto,
e a felicidade
é um mundo sem cor.

que horrores me trazem,
horror, já me calo,
e aperto meus olhos,
que veem, não falam,
pudera falassem,
seriam melhores,
testando maiores,
vivendo tão pobres
de imensa visão.

essa farda é um fardo,
os guerreiros fardados,
de farda e de vento à desesperação.

essa farda impotente,
marchando correntes
e usando do medo uma aliteração,
ainda tem esperança,
verdade, guerreiros,
que querem pro mundo uma melhor visão.

Um comentário:

  1. E aí, primão. Blz?
    Legal o seu blog. Acredito que você tenha criado estes versos inspirado em mim. Rsrsrsrs...
    Obrigado pela lembrança!
    Posso dar uma sugestão? Esteticamente, o blog poderia ser mais alegre. Substituindo este fundo preto por uma cor mais leve, mais clean, acredito que melhoraria bastante.
    Outra coisa: troca esta sua foto, Tony. Com este óculos, você está com uma cara de abelha da porra!

    Abração,

    Luiz Sérgio.

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