sexta-feira, 7 de outubro de 2011

mentira

contei uma,
duas,
três,
quatro,
depois cinco,
depois seis.

uma virou verdade,
de tão ouvida que foi (como minha mãe dizia),
outra foi mandada por correio lá pra longe,
e afetou até muitas vidas, lá no Mato Grosso,
a terceira foi rapidinha no emprego, que antes era meu,
agora é de algum almofadinha, capacho do patrão,
a quarta foi por telefone e decretou o fim,
o fim da arrumação bagunçada que era minha relação.
a quinta contei de ruim que era,
não dar dinheiro aos pivetes,
não pagar estacionamento,
não dar dinheiro.
a última foi a mulher que amava,
dizendo que não.

quando a verdade era sim,
mas disso eu não sabia nada.

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