terça-feira, 13 de julho de 2010

Aquilo que te alegra o dia e a noite

Carinhosamente dedicado à minha flor, Thays Oliveira.

Tanto amor envolvido em desgraça,
o cansaço tremendo, a vida sem graça,
me entendo, te entendo, e a gente se entende,
tão sensato o carinho que tão novo aprende
e se esconde num lugar fechado.

Como se livrar dessa escuridão?
procure e se vire que haverá surpresa,
beleza, só, nem sempre põe o que comer na mesa.
Mas se nada disso adiantar,
eis a ajuda, ter pra quem ligar!

Um sorriso desacreditado,
que tão sempre há de iluminar,
mas se acredita no carinho vago,
sensação de ter pra onde voltar.

Uma folha escondendo o rosto,
a vergonha da beleza ao posto
de rainha do pudor tremendo,
o louro dos cabelos, o vento
sempre tremendo o oposto.

Quem será que aparece
pra minha vida tão cedo alegrar?
o poeta que escreve,
cansado de perguntar,
sempre entende à sua volta,
a figura recém escutada,
ouvida, falada,
documentada.

Esculpida.

Pode ser aquilo que depois de tudo,
sofreu tanto quanto a gente,
sempre envolto no desgosto,
nunca foste tão contente
quando olha no teu olho,
escuta tua voz (cantada ou não)
e consegue num olhar,
numa ação espontânea,
na sensação de corar,
fazer esquecer do porque estivera ali
pra sempre perguntando,
quando haveria de acordar.

Sim,
a vida é sonho triste,
como o movimento em quatro rodas
a rodar.
Aquele feliz movimento,
fruto do alegre vento
que te faz voar.

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