sexta-feira, 13 de julho de 2012
poesia anônima
tenho um mar de gente em mim,
gente forte, gente assim feliz,
veloz, atroz, gente como a gente,
que sente, que corre atrás,
que vai por mim
que vai, não vai.
tenho um bicho aqui dentro,
bicho carpinteiro,
quase me arrebento
tentando saber o que tem que me invade,
me dá saúde,
verdade,
me dá desespero,
lances novos,
coisas velhas,
telhas e versos,
trecos,
coisas de flor e bem querer.
tenho o mundo em um lápis,
caneta,
sangue,
imagens,
alarde, arde
só de pensar o que me dá.
escrevo com tudo,
com tudo que der,
sou anônimo que sabe o que quer,
ninguém me conhece,
nem há de saber,
o quanto é estranho saber tanto porquê.
me dá tanta saudade de quando era assim,
viajando e caminhando sempre pro mesmo lugar.
ouço vozes na cabeça,
na memória encontro fatos,
me refaço em páginas,
sou um papel dobrado,
sou anônimo, enfático,
sou reumático e traumático,
de "áticos" e "ônimos"
faço meu nome.
(o sono sempre me traz motivos pra acordar).
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