o trovão
a chuva lá fora arranhava a janela,
maria a menina na cama escondia,
seus mimos, brinquedos, bonecas,
suas velas e seus travesseiros,
sozinha em casa a menina,
chorava em seus desesperos,
os raios lá fora dançavam
uma requiem todo especial.
se enfatiota toda, maria!
a mãe disse ao telefone,
que mamãe já chega,
vou pegar o bonde
pra chegar mais rápido
ver minha menina
e esse trovão,
não pega minha filha!
ela obedeceu,
entrou no edredom,
levou um biscoitinho
e ligou a vitrola.
eis que um dia chuvoso
se torna uma festa,
e um trovãozinho
é igual ir pra escola.
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