aquele que duvida do meu talento, mas nunca duvidou do meu coração, Thiago Catarino.
vazio, escuro,
sozinho, sem vida,
triste, sóbrio,
neutro, podre,
morte, sem sorte,
avante guerreiros da noite em suas inúmeras definições,
só alguém que tenha estado no lado negro do mundo
pode voltar com determinadas percepções,
palavras todos usam,
mas jogam, necrosando ao vento,
soprando sem medo o ferimento,
ferida de dor e desgosto,
em pleno mês de agosto,
quando a vida volta a brilhar.
mas agora o que só tenho é o olhar,
marcado por tristeza e ócio,
será que posso ser de outro jeito?
terei de ficar sem jeito quando pensar em calores?
que sou eu já sem amores?
quem bate a minha porta a procura de sabores,
só encontra o amargo do féu,
não, amigo, não há mel para quem se transformou no próprio ferrão!
adocicando poesias em vão, estragando textos e prosas e versos e notas,
e acordes em fossas, sinfonias inteiras sem som,
surdez acumulada, drama, não há fama, então coma!
coma tudo que vier, coma a vida, coma a morte,
se convença que não temos nada a perder,
pois no final, o que ganhamos até aqui?
de que me vale ter essa realidade, menos morta,
se nem ao menos me foi dada a força bruta,
que suportar já me estafa tanto,
e tanto faço para respirar teu pranto.
e o meu. bem, eu mesmo só quero é gritar,
gritar aos sete ventos, chorar,
chorar sobre os tormentos e dizer,
sem ninguém escutar.
esse poema péssimo e ruim,
forte e desnecessário,
não teria sentido,
se aqui desse lado,
estivesse alguém que de fato tivesse algo a oferecer.
não teria sentido,
mais ainda do que uma pessoa feliz,
não ter o que querer.
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