fé
não quero escrever mais, é bem verdade,
mas como não atender a chamados superiores,
divinos sabores e temperança?
se fosse ainda ontem eu teria me esquivado,
me salvado,
salivando de vontade de me enterrar vivo e nunca mais... nada,
mas não é tanto assim que eu vivo, não mesmo, meu senhor,
é de viver que se entende, e eu andava meio desentendido mesmo,
escondido de me sentir bem,
a vida me lembrando assim que ainda tem o que se tem,
e aí a gente olha pra frente.
quando a gente tem um outro,
coisa nova, ventos novos,
esperança,
a gente dá valor,
mas se for só por isso, a vida não tinha cor
e tudo ia pelo ralo, não?
não.
ou talvez sim, mas não nos cabe ser, só aceitar,
e um dia uma linha que seja, pode te salvar das alegrias,
que essas passam mais rápido do que foi a idade da terra.
não.
o que fica são as mudanças,
se não totalmente suas,
pelo menos tem seu toque,
identidade,
que se faz de sua imagem e semelhança,
sem Deus, que esse não olha, só cria,
e não destrói o sorriso de uma criança.
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