segunda-feira, 16 de abril de 2012

passagem

em brasa o pé,
entardecendo,
entrança, entrelaça
o triste traço de trégua
e acaba a paz!
em paz estou?
sem dor,
com aquela pontinha de esperança
tão peculiar aos medíocres assalariados
que travam batalhas por e contra eletrodomésticos.

em hora noite o crepúsculo cru
enegrece a poesia e tudo,
eu mudo,
mas mudo e surdo sou,
sem ler a vida
nem ter bolsos pra guardar alegria.

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