quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

gentileza


gentileza gera gentileza,
amor,
mas o que fazer quando não há nada em volta,
e tudo o que queremos de verdade é simplesmente ter de volta
aqueles que de nós foram roubados?
aqueles que um dia foram amados,
que nos objetivaram imperativando nossas ações,
apostaram em nossas inexatidões,
relutantes, perdoaram nossas falhas.


não.


meus amigos,
gentileza não gera gentileza,
sujeira do mundo,
crime,
maldade,
infortúnios.


pessimismo?


o velho profeta que nos ensinou,
a bondade dos homens vai prevalecer,
mesmo sem saber o que se passa,
devemos confiar na nossa massa,
mesmo que essas usem maças,
bastões, porretes, armas.


os orgãos corruptos e corruptivos,
corruptíveis mexendo em fusíveis,
correndo com tesouras na mão, enlouquecidos,
jogando granadas, disparando, batendo em retirada
em meio aos gases tóxicos.


é claro que há esperança,
quem tem ela e vai atrás alcança,
abraça a todos,
beija,
festeja.


mas quantos outros velhinhos de barba iremos perder,
sendo profetas ou não,
tendo dinheiro ou não,
em meio as fatalidades,
para descobrirmos quem somos?


e porque em diversos casos a gentileza leva bala,
e essas não são festim.


entre palhaços aterrorizantes,
elefantes,
girafas e mulheres barbadas,
temos menos um homem são.


pense.
é assim com todo mundo.

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